domingo, 16 de maio de 2010

A Festa da Ascensão do Senhor

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A Igreja celebra a festa da Ascensão do Senhor… Os últimos momentos de Jesus junto aos apóstolos e o retorno de Cristo ao Pai. É a sua entrada oficial na glória que Lhe correspondia como ressuscitado, depois das humilhações do Calvário; é a volta ao Pai anunciada por Si mesmo no dia de Páscoa; “Vou subir para Meu e vosso Pai, Meu e vosso Deus” (Jo 20,17). E aos discípulos de Emaús: “Não tinha o Messias de sofrer essas coisas para entrar na sua glória?” (Lc 24,26).



A vida de Jesus na terra não termina com a sua morte na Cruz, mas com a Ascensão aos Céus. É o último mistério da vida do Senhor aqui na terra. É um mistério redentor, que constitui, com a Paixão, a Morte e a Ressurreição, o mistério pascal. Convinha que os que tinham visto Cristo morrer na Cruz, entre os insultos, desprezos e escárnios, fossem testemunhas da sua exaltação suprema.

Comentando sobre a Ascensão, ensina São Leão Magno: ”Hoje não só fomos constituídos possuidores do paraíso, mas com Cristo ascendemos, mística e realmente, ao mais alto dos céus, e conseguimos por Cristo uma graça mais inefável que a que havíamos perdido.”
A Ascensão fortalece e estimula a nossa esperança de alcançarmos o Céu e incita-nos constantemente a levantar o coração a fim de procurarmos as coisas que são do alto. Agora a nossa esperança é muito grande, pois o próprio Senhor foi preparar-nos uma morada.
O Senhor está já no Céu com o seu Corpo glorificado, com os sinais do Seu Sacrifício redentor, com as marcas da Paixão que Tomé pôde contemplar e que clamam pela salvação de todos nós.


A esperança do Céu encherá de alegria o nosso peregrinar cotidiano. Imitaremos os Apóstolos que, segundo São Leão Magno, “tiraram tanto proveito da Ascensão do Senhor que tudo quanto antes lhes causava medo, depois se converteu em alegria. A partir daquele momento, elevaram toda a contemplação das suas almas à divindade que está à direita do Pai; a perda da visão do corpo do Senhor não foi obstáculo para que a inteligência, iluminada pela fé acreditasse que Cristo, mesmo descendo até nós, não se tinha afastado do Pai e, com a sua Ascensão, não se separou dos seus discípulos.”
Com a Ascensão termina a missão terrena de Cristo e começa a dos seus discípulos, a nossa: “Vós sereis testemunhas de tudo isso” (Lc 24,48), diz Jesus. Portanto, a festa de hoje, recorda-nos que o zelo pelas almas é um mandamento amoroso do Senhor. Ao subir para a sua glória, Ele nos envia pelo mundo inteiro como suas testemunhas. Grande é a nossa responsabilidade, porque ser testemunhas de Cristo implica, antes de mais nada, procurar comportar-se segundo a Sua doutrina, lutar para que a nossa conduta recorde Jesus e evoque a Sua figura amabilíssima.


Jesus parte, mas permanece muito perto de cada um. Nós O encontramos na Eucaristia, no Sacrário das nossas igrejas. Visitemos mais vezes Jesus no Sacrário, que continuamente lá nos espera! Não deixemos de procurá-lO com frequência, ainda que na maioria das vezes só possamos fazê-lo com o coração, para dizer-Lhe que nos ajude na tarefa apostólica, que conte conosco para estender a Sua doutrina a todos os ambientes.

Nesta semana que precede a Solenidade de Pentecostes que será dia 23, fiquemos unidos em oração, como disse Jesus: “Permanecei na cidade até que sejais revestidos da força do alto” (Lc 24,48). Assim a vida da Igreja não começa com a ação, mas com a oração, juntamente com Maria, a Mãe de Jesus.




A festa de hoje fortalece-nos a esperança
pelo destino que nos aguarda,
mas também nos lembra que a nossa missão hoje
é continuar o projeto de Jesus:
Não fiquemos pois, de braços cruzados,
parados, olhando para o Céu!
É hora de olhar ao nosso redor e recomeçar a Missão!


*Blog Servos de Cristo - Sacerdote

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